segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Lavagem cerebral, quando começa?

Todos nós temos a clara noção que, enquanto somos crianças, estamos livres da pressão religiosa que só começaria por volta dos 7 ou 8 anos com a catequese.
 
Será?

 
Então porque quando chegamos nessa idade aceitamos tão facilmente a ideia do sobrenatural? Será que não fomos preparados e bem recompensados desde pequenos para acreditar?

 
A resposta pode estar em mais duas perguntas bem simples:

 
Que mitos sobrenaturais são repetidamente ensinados às crianças pequenas para mais tarde serem substituídos pelo nascimento e ressurreição do salvador?

 
E com que idade as crianças deixam de acreditar nesses mitos?

 
Até os sete anos as crianças têm dificuldade em entender os conceitos de nascimento e morte, ainda mais um nascimento a partir de uma virgem (aaaargh) e uma morte seguida de ressurreição (aaargh). Papai noel e coelho da páscoa nada mais são que duas estratégias muito eficientes para introduzir na cabeça das crianças ritos e cultos sobrenaturais que ela não entenderia naturalmente, mas que aceita através de recompensas.
Porque crianças entendem presentes e chocolate.

 
Desde pequenas as crianças passam a acreditar que nessas datas seres mágicos trazem coisas boas e gostosas. Elas são induzidas a aceitar o sobrenatural. Os pais repetem o experimento de Pavlov com seus filhos. Se você acreditar no natal  ganha uma bicicleta, se acreditar na páscoa ganha um chocolate...

 
O mais interessante é que as crianças deixam de acreditar em papai noel e coelho da páscoa justamente na idade que começam a tomar contato com a religião. É aos 7 ou 8 anos que as crianças passam a receber treinamento religioso formal.

 
As ideias religiosas continuam absurdas, mas aí a cabeça delas já esta prontinha. É só trocar as figuras. Papai noel e coelho da páscoa passam a ser lendas, mas a natividade e ressurreição, não.

 
Talvez, o coelhinho da páscoa e o bom velhinho não sejam tão inocentes assim. Talvez estejam prestando um grande serviço à religião. Estariam cumprindo seu papel como formas simples e corruptas de incutir nas crianças os mistérios religiosos.

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