Não é difícil escrever sobre prisão religião. O assunto praticamente se escreve sozinho. Quem duvidar do poder nocivo das religiões sobre a liberdade humana basta ler qualquer livro de história escrito nos últimos dois mil anos. Quem quiser ficar apavorado basta ler um livro religioso.
O mais interessante é que essa sequencia de atrocidades desponta de um fato praticamente insignificante. Um momento em que a religião deixou de ser uma questão de sacrifício pessoal para se tornar o mais impiedoso senhor escravagista da história.
Na antiguidade, os politeístas podiam ter todos os defeitos do mundo, brigavam por qualquer coisa, desde um pedaço de terra até o rapto de uma rainha gostosona, mas nunca travaram guerras religiosas. O deus carteiro de um era tão bom quanto o deus leiteiro do outro. Se o povo do deus bolinha de gude ganhasse uma guerra contra o povo do deus clipes de papel, esse último rapidamente concluía que o deus clipes de papel não era de nada, abraçava o deus bolinha de gude sem pensar muito e a vida prosseguia bela.
Até que um certo povo do deserto se recusou a adotar a religião do conquistador e disse: sua vitória sobre nós não quer dizer que o seu deus, que nem existe, derrotou o nosso, que é o único; quer dizer que o nosso deus, que é único, está nos punindo por algo que fizemos mas, mesmo assim, escravos e subjugados, nós acreditamos que ele nos ama e nós o amamos de volta.
Com essa vitória do self-denial sobre a lógica mais rasteira, começa a história do monoteísmo, e da escravidão religiosa.
Se, cada vez que esbarravam na dificuldade de entender o que os deuses estavam fazendo, os politeístas tinham a possibilidade de inventar um novo deus para explicar para qualquer coisa, os monoteístas inventaram algo ainda mais espetacular, tão espetacular quanto mentiroso e canalha. Os monoteístas tinham a soberba de conhecer qual era a vontade de deus.
Isso era maravilhoso!. Sem ao menos saber ler uma linha, você podia ouvir de alguém, que ouviu de alguém, que ouviu de alguém, que ouviu de alguém, que ouviu direto do próprio deus, tudo o que era certo e errado, com detalhes do tipo coma isso, não coma aquilo, mate esse, não mate aquele, transe com essa, não transe com aquela e assim por diante.
A partir desse momento, acaba qualquer discussão, afinal tínhamos alguém que conhecia a vontade de deus. E imagine os privilégios que daríamos de bom grado àqueles que conheciam e eram encarregados de divulgar essa vontade.
Quase posso ouvir os grilhões sendo forjados sob estas palavras.
O mais interessante é que essa sequencia de atrocidades desponta de um fato praticamente insignificante. Um momento em que a religião deixou de ser uma questão de sacrifício pessoal para se tornar o mais impiedoso senhor escravagista da história.
Na antiguidade, os politeístas podiam ter todos os defeitos do mundo, brigavam por qualquer coisa, desde um pedaço de terra até o rapto de uma rainha gostosona, mas nunca travaram guerras religiosas. O deus carteiro de um era tão bom quanto o deus leiteiro do outro. Se o povo do deus bolinha de gude ganhasse uma guerra contra o povo do deus clipes de papel, esse último rapidamente concluía que o deus clipes de papel não era de nada, abraçava o deus bolinha de gude sem pensar muito e a vida prosseguia bela.
Até que um certo povo do deserto se recusou a adotar a religião do conquistador e disse: sua vitória sobre nós não quer dizer que o seu deus, que nem existe, derrotou o nosso, que é o único; quer dizer que o nosso deus, que é único, está nos punindo por algo que fizemos mas, mesmo assim, escravos e subjugados, nós acreditamos que ele nos ama e nós o amamos de volta.
Com essa vitória do self-denial sobre a lógica mais rasteira, começa a história do monoteísmo, e da escravidão religiosa.
Se, cada vez que esbarravam na dificuldade de entender o que os deuses estavam fazendo, os politeístas tinham a possibilidade de inventar um novo deus para explicar para qualquer coisa, os monoteístas inventaram algo ainda mais espetacular, tão espetacular quanto mentiroso e canalha. Os monoteístas tinham a soberba de conhecer qual era a vontade de deus.
Isso era maravilhoso!. Sem ao menos saber ler uma linha, você podia ouvir de alguém, que ouviu de alguém, que ouviu de alguém, que ouviu de alguém, que ouviu direto do próprio deus, tudo o que era certo e errado, com detalhes do tipo coma isso, não coma aquilo, mate esse, não mate aquele, transe com essa, não transe com aquela e assim por diante.
A partir desse momento, acaba qualquer discussão, afinal tínhamos alguém que conhecia a vontade de deus. E imagine os privilégios que daríamos de bom grado àqueles que conheciam e eram encarregados de divulgar essa vontade.
Quase posso ouvir os grilhões sendo forjados sob estas palavras.
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