domingo, 22 de novembro de 2009

Reencarnação

Eu adoro histórias de reencarnação. Acho todas muito divertidas. Essa conversa de ir nascendo e renascendo sem se lembrar de nada tem algo meio hollywoodiano, mas que começa a amedrontar quando você percebe que tem gente que a leva á serio.
Tirando o lado alegórico de que todo mundo foi uma princesa egípcia ou viveu na corte de Maria Antonieta (reparou que ninguém foi um zé-qualquer em encarnações anteriores?), a explicação que os espíritas dão para alguns fatos da vida é no mínimo doentia.
A mais bizarra delas é como ‘explicam’ a morte brutal de um inocente, Segundo a Lei do Retorno, uma tragédia necessária para que o espírito reflita e compreenda que todos os reveses acontecem para seu benefício durante a evolução.
Lindo!
Vejam, por exemplo, o caso de João Hélio Fernandes Vieites, uma criança de 6 anos, morto e despedaçado no Rio, em 2007, por ladrões de automóvel ao ser arrastado, preso ao cinto de segurança, por mais de 7 quilômetros.
Diante de uma morte tão brutal, racionalizam os espíritas que a criança apenas pagou por algo extremamente grave que cometera em uma vida anterior. Que essa foi apenas uma forma dela se livrar dessa dívida e permitir a seu espírito evoluir.
Ora algo um castigo tão brutal só seria ‘aplicável’ a alguém que tivesse cometido crimes bárbaros em sua vida anterior, com certeza um adulto cruel e impiedoso.
Nesse ponto eu penso: que deus covarde, sádico, assassino e canalha é esse que ao invés de punir um adulto criminoso, espera ele se tornar uma criança inocente e indefesa para submetê-la a mais cruel das torturas?
Depois, como pode um espírita ser tão vil e insensível para dizer aos pais dessa criança que ela mereceu tudo que recebeu?
Por fim, como julgar esses monstros que tão barbaramente assassinaram essa criança se eles foram apenas o instrumento de consecução da lei milenar de reencarnação?
Bem-vindo ao mundo dos espíritos.

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