sábado, 13 de março de 2010

Padre de 82 anos filmado mantendo relações sexuais com ex-coroinha



A Igreja Católica, a principal organização dedicada a encobrir casos de abuso sexual, vai ter um momento difícil para explicar esta: O Monsenhor Luiz Marques Barbosa, 82, de Arapiraca, Alagoas, foi pego em vídeo  praticando sexo oral com um ex-coroinha de 19 anos de idade.

Filmado em janeiro de 2009 por um homem de 21 anos que alega também ser vítima de abusos por Barbosa desde os 12 anos de idade, o vídeo foi ao ar pelo programa Conexão Repórter, do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT)  no último dia 11.

Antes de levantar as acusações de abuso sexual, a reportagem perguntou se o padre tivesse pecado. "Quem nunca cometeu um pecado?" Barbosa responde.

O padre é, então, perguntou se a região tem problemas com pedofilia. "Eu acho que é mais (um problema) da homossexualidade a pedofilia", diz Barbosa.

Perguntado diretamente se ele nunca abusou meninos, Barbosa diz que ele só poderia responder a essa pergunta "em confissão".

O Monsenhor Raimundo Gomes, 52, e o padre Edilson Duarte, 43, também estão envolvidos nas acusações, que o Vaticano diz estar ciente. Não que esteja facilitando o acesso aos padres. Todos os três não foram localizado para entrevistas.

Enquanto isso, a primeira linha de defesa do Vaticano é ressaltar que o ex-coroinha tem agora 19 anos e, embora a homossexualidade do Monsenhor Barbosa seja repugnante, não é, pelo o que foi exposto no vídeo, criminosa.

É o Diabo maldito, para ela novamente.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Religião e Racismo (ou Religião é Racismo)

"Ama o teu Semelhante" 

Essa máxima, presente em quase todas as religiões, sempre me intrigou. Amar o semelhante significa que não devemos amar o diferente?

A religião sempre se apresentou como amor ao próximo, mas na verdade sempre pregou o ódio ao distante. Uma leitura rápida dos livros sagrados, sejam eles de que religião forem, mostra que essa interpretação está correta. Algumas vezes velada, outra disfarçada mas sempre correta.

Para ficar apenas com a bíblia, o velho testamento desfila centenas de passagens de intolerância contra qualquer um que não professasse a fé do 'povo escolhido' por mais inofensivo que fosse.Casamentos proibidos (coitadas das cananeias), matanças de crianças, escravidão, pode escolher.

E para desespero dos relativistas, que convenientemente segregam o novo testamento, apoiando-se na palavra de Jesus supostamente cheia de amor, vale lembrar que o gajo também não se afinava muito com a diferença de opinião. Disse que judeus não convertidos seriam lançados nas trevas exteriores e coroou como a pérola: "Quem não é comigo é contra mim."

Quem tiver tempo, paciência ou curiosidade que continue a leitura pelo corão, torá, vedas e por aí afora...

Para os que acreditam (e pregam) que isso é coisa de antigamente, esta semana tivemos mais uma demonstração da mais pura intolerância, não religiosa, mas racial advinda da religião.

Judeus ortodoxos do grupo Lehava pediram à modelo israelense Bar Refaeli para que não se case com o ator americano Leonardo di Caprio, porque este não é de origem judaica e a união dos dois contribuiria para a extinção dos hebreus de 'puro sangue'.


Segundo o jornal Ha'aretz, recentemente a modelo recebeu uma carta do colono ultraortodoxo Baruch Marcel, que, em nome do grupo Lehava, pede que ela não se case com o protagonista de Titanic, para "não danar as gerações futuras" ao misturar seu sangue com o de um "gentio" (não judeu). 

Segundo o jornal Ha'aretz, recentemente a modelo recebeu uma carta do colono ultraortodoxo Baruch Marcel, que, em nome do grupo Lehava, pede que ela não se case com o protagonista de Titanic, para "não danar as gerações futuras" ao misturar seu sangue com o de um "gentio" (não judeu).

"Você não nasceu judia por acaso", diz Marcel na carta, na qual acrescenta: "Seu avô e sua avó não sonharam que um descendente tiraria futuras gerações da família do povo judeu".


O autor da carta assegura não ter nada contra Di Caprio nem duvida que ele seja "um ator com talento". Mas avisa que "a assimilação foi sempre um dos inimigos do povo hebreu" e faz um apelo para que a modelo pense com a razão e "olhe para frente e para trás, e não apenas para o presente".


Segundo o Ha'aretz, o Lehava é uma organização que se dedica a "oferecer assistência" a mulheres judias que mantêm relações" com "não judeus" para evitar que casamentos sejam consumados, especialmente se aqueles forem árabes.

O que mais me parece absurdo é o uso da expressão 'puro sangue" digna do autor de Mein Kempf que tanto mal causou justamente aos judeus. Será que os judeus esqueceram o mal que a segregação racial provocou a sua gente?

Ou será que aprenderam com ela?
 

terça-feira, 9 de março de 2010

Vinde a mim as criancinhas (ou, pensando melhor, comi sim)

Irmão do papa admite inércia ante denúncias de abusos

O irmão do papa Bento 16 disse, em entrevista publicada hoje por um jornal alemão, que agrediu alunos como punição, após ter começado a dirigir um renomado coral de meninos nos anos 1960, na Alemanha. Ele também disse que estava ciente das acusações de abusos físicos numa escola primária ligada ao coral, mas não fez nada sobre isso. O reverendo Georg Ratzinger, de 86 anos, disse, porém, que não soube das acusações de abuso sexual contra integrantes do coral de meninos de Regensburger Domspatzen.

"Essas coisas nunca eram discutidas", disse Ratzinger à edição desta terça-feira do jornal alemão Passauer Neue Presse German. "Nunca se falou sobre o problema de abuso sexual que agora vêm à luz." Jakob Schoetz, porta-voz da diocese de Regensburg, disse que Ratzinger não fará novos comentários sobre o assunto.

As denúncias são parte de uma série de acusações de abusos sexuais cometidos por funcionários da igreja em diferentes países europeus nos últimos dias. Os casos na Alemanha são particularmente sensíveis, porque o país é a terra natal do papa e porque os escândalos envolvem o famoso coral que foi dirigido por Georg Ratzinger de 1964 a 1994"

Há também relatos de espancamentos feitos pelos administradores de duas escolas primárias ligadas ao coral, uma em Etterzhausen e outra em Peilenhofen. Um diretor, identificado como Johann M., que dirigiu a escola de Etterzhausen entre 1953 e 1992, foi alvo de várias acusações.

Ratzinger disse que os meninos teriam dito a ele se fossem destratados em Etterzhausen. "Mas eu não senti, naquela época, que eu deveria fazer algo sobre isso. Se eu soubesse da exagerada crueldade que ele estava usando, teria dito algo", disse ele ao jornal alemão. "Obviamente, hoje em dia, tais ações são condenáveis", disse Ratzinger. "Eu também as condeno. Ao mesmo tempo, peço perdão às vítimas".

Ele disse também ter administrado punição corporal. "No começo eu dava uns tapas na cara, mas me sentia mal sobre isso", disse Ratzinger, acrescentando que ficou feliz quando a punição corporal se tornou ilegal em 1980

Na semana passada, a diocese de Regensburg disse que um ex-cantor do coral disse ter sido vítima de abusos sexuais no início da década de 1960. Em toda a Alemanha, mais de 170 estudantes afirmaram que foram sexualmente abusados em escolada católicas secundárias. Ratzinger disse várias vezes que as acusações de abuso sexual datam de um período anterior à sua atuação como diretor do coral. Perguntado se sabia que isso acontecia, ele afirmou que não

Vaticano e outros casos

Respondendo às acusações de que suas políticas encorajaram o silêncio sobre o problema, o Vaticano disse que o escândalo de abusos sexuais na Alemanha e em outros países eram causa de angústia, mas que sua resposta foi imediata e transparente

Bispos católicos holandeses anunciaram uma investigação independente sobre mais de 200 acusações de abuso sexual de crianças por padres em escolas religiosas e pediu desculpas às vítimas.

O escândalo, que atingiu instituições da igreja em muitos países europeus, continuou se alastrando hoje. Na Áustria, o líder de um monastério Beneditino de Salzburgo admitiu ter abusado sexualmente de uma criança décadas atrás, e deixou o cargo.

sábado, 6 de março de 2010

Vinde a mim as criancinhas (ou Ratzinger inocenta Ratzinger)

Irmão do papa Bento XVI é inocentado de abuso sexual

O Vaticano disse que os dois casos de abuso sexual ligados a um renomado coral na Alemanha não coincidem com o período de trinta anos em que o irmão do papa Bento XVI esteve à frente da catedral.

Depois que casos de abusos em escolas jesuítas na Alemanha vieram à luz no mês passado chocando o país, a Igreja Católica revelou na sexta-feira acusações contra padres que teriam espancado e abusado sexualmente de meninos em pelo menos três escolas na Bavária.

O jornal do Vaticano, L'Osservatore Romano, publicou no sábado uma declaração do Bispo de Regensburg, Gerhard Ludwig Muller, dizendo que um caso de abuso do diretor-assistente de uma escola primária ligada ao coral foi detectado em 1958. O clérigo foi prontamente afastado e processado, disse o comunicado.

Outro padre, que trabalhou com o coral da catedral em 1958 durante sete meses, foi culpado de abuso sexual 12 anos mais tarde. Uma investigação está sendo conduzida agora para determinar se ele cometeu algum abuso durante seu tempo com o coral.

"Ambos os casos foram tornados públicos na ocasião e podem ser considerados encerrados no sentido legal. Eles não coincidem com o período em que o reverendo Georg Ratzinger esteve no cargo (1964-1994)," disse o comunicado.

A diocese disse em uma declaração na sexta-feira estar investigando as acusações de abuso sexual, espancamento e humilhação de três homens no início dos anos 1960, quando freqüentaram internatos ligados ao coral.

O Vaticano afirmou apoiar integralmente a diocese de Regensburg em sua decisão de investigar aberta e decididamente o assunto e que a principal preocupação da Igreja é proporcionar justiça a quaisquer vítimas.

A diocese, onde o papa ensinou teologia na universidade entre 1969 e 1977, disse na haver casos de abuso no momento e que irá investigar todas as acusações passadas

sexta-feira, 5 de março de 2010

Vinde a mim as criancinhas (ou até tu Georg)

Casos de Abusos em Coral de Irmão do Papa Bento 16

A Igreja Católica Romana da Alemanha revelou nesta sexta-feira acusações contra padres que teriam violentado e abusado sexualmente de meninos em pelo menos três escolas da Baviera, cidade-natal do papa Bento 16. Um dos casos teria ocorrido no renomado coral já liderado pelo irmão do pontífice.

As acusações no coral da catedral de Regensburg, no mosteiro beneditino em Ettal e uma escola em Burghausen vieram à tona após casos de abusos revelados em escolas jesuítas na Alemanha que chocaram o país no mês passado.

O reverendo Georg Ratzinger, de 86 anos, irmão do papa Bento 16 e que liderou o coral de 1964 a 1994, disse à rádio Bavarian não saber de nenhum abuso no coral da catedral de Regensburg, que regularmente se apresenta em turnês na Alemanha e no exterior.

A diocese de Regensburg, onde o papa lecionou teologia na universidade entre 1969 e 1977, disse que não há casos de abusos no momento e que investigaria todas as acusações do passado.

"Queremos uma resposta completa à questão sobre quais casos de abuso ocorreram na diocese de Regensburg. Quem foram os autores e quem foram as vítimas?", disse o porta-voz da diocese, Clemens Neck, em coletiva de imprensa na cidade do norte da Baviera.

A diocese disse em comunicado que um padre abusou sexualmente de dois meninos em 1958 e foi sentenciado a dois anos de cadeia. Outro clérigo foi detido por 11 meses em 1971 por abusos. Ambos já morreram.

O documento afirmou também que três homens alegaram ter sofrido abuso sexual, espancamentos e humilhações nos anos 1960 enquanto estudavam em colégios ligados ao coral. A diocese disse estar investigando estes casos e que outros poderão ser revelados.