quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Menina se mata por acreditar que a Virgem iria ressuscitá-la

No México, inspirada em uma novela, menina se mata por acreditar que a Virgem iria ressuscitá-la 

Itzel Murillo Elvira Lobato resolveu no dia 16 de agosto se matar, para que fosse ressuscitada em seguida pela Virgem de Guadalupe, porque acreditava que assim chamaria a atenção de seus pais separados, conseguindo reuni-los de novo. Seria o seu presente de aniversário – naquele dia estava completando 10 anos.

O corpo da menina foi encontrado dependurado em uma corda. Ela morava com a mãe na cidade de Piedras Negras, Estado de Coahuila, México.

Itzel foi influenciada por um capítulo da novela religiosa "La Rosa de Guadalupe", da Televisa, no qual uma garota se mata por causa da separação dos pais, mas a Virgem a ressuscita, e a família, comovida, se reconcilia. O slogan da novela é “Um milagre a cada dia”.


O México tem 110 milhões de habitantes – desse total, 82,7% são católicos, de acordo com o censo de 2010. O culto mariano a Nossa Senhora de Guadalupe é forte em todo o país. Surgiu em 1531 quando o índio Juan Diego Cuauhtlatoatzin disse que uma “Senhora do céu” tinha-lhe aparecido dizendo ser mãe de Deus.
 
As colegas de escola de Itzel disseram que ela estava muito triste por causa da ausência do pai e dizia que a Virgem de Guadalupe ia fazer um milagre para que a família se unisse. Sozinha, a menina passava as tardes em casa assistindo à novela.

Afirmou uma colega: "Ela dizia já ter pedido esse milagre à Virgem, mas nunca pensei que pudesse se matar”.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Estado laico? (2)

Escola do Distrito Federal libera oração no Jardim de Infância, mas "só se iniciativa partir da criança

Depois de uma reunião realizada no fim da noite desta terça-feira (23), onde estiveram presentes aproximadamente 60 pais e professores, a direção do Jardim de Infância da 404 Norte resolveu voltar a liberar o momento de agradecimento a Deus. O ato estava suspenso desde ontem, pois alguns pais não concordavam com a prática.

No entanto, a Regional de Ensino do Plano Piloto autorizou a retomada do momento com uma orientação: os professores não devem mais direcionar as orações. “Deve ser algo espontâneo que parte das crianças. A reunião serviu para esclarecer os preceitos que envolvem a educação pública. Buscamos um entendimento real da situação e o diálogo entre os pais”, afirmou a diretora da regional, Roberta Callaça.

Ela ressaltou ainda que não houve ilegalidade no procedimento da escola porque não ficou comprovada que se realizava um momento voltado para a religião. “No relato dos pais, ficou demonstrado que era um momento de livre expressão das crianças”, disse.

É o cúmulo do cinismo. Desde quando preces são manifestações espontâneas de crianças? Qual a capacidade de uma criança de jardim da infância de interpretar, analisar e decidir sobre uma manifestação religiosa. Que criança vai se sentir à vontade para se auto excluir do grupo se discordar?

A Constituição brasileira é explícita ao reconhecer o estado laico, mas proliferam os crucifixos em repartições públicas, dizeres religiosos em cédulas de dinheiro e agora prece em jardim de infância da rede pública de ensino.

Até quando?

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Estado laico?

Pais se juntam contra escola de Brasília que organiza orações antes das aulas

A escola Jardim de Infância da 404 Norte, região central de Brasília, tem sido alvo de uma série de manifestações. De um lado alguns pais de crianças entre 4 e 5 anos que condenam a prática da escola de organizar uma oração no começo das aulas. Do outro, porém, está a maioria de pais de alunos que não enxergam o ato como ensino religioso.

A direção da escola organiza diariamente um ato chamado de “acolhimento” que é realizado há 40 anos. Antes das aulas iniciarem os 180 alunos se reúnem no pátio da escola e  são estimulados a fazer uma “oração espontânea”, como define a diretora Rosimara Albuquerque. A cada dia, crianças de uma turma ficam responsáveis por fazer os agradecimentos a Deus ou ao “Papai do Céu”.

“Pode agradecer pelo parquinho, pelos colegas. Mas houve um questionamento por parte dos pais para que fosse um momento de acolhida um pouco mais amplo já que algumas famílias não comungam dessa religião, que seria basicamente cristã”, conta Rosimara, que está à frente da escola há seis anos.

O caso foi parar na Ouvidoria da Secretaria de Educação do Distrito Federal. Para a radialista Eliane Carvalho, integrante da Associação de Pais e Mestres do colégio, a escola está ultrapassando os limites permitidos pela legislação. Ela e outros pais que protestam contra essas atividades se apoiam no princípio constitucional da laicidade para pedir que práticas de cunho religioso fiquem de fora do ambiente escolar. Além do momento da acolhida, ela conta que notou outros sinais de violação, a partir de informações que o filho de 4 anos levava para casa.

“Não posso dizer que existem dentro da sala de aula práticas religiosas. Mas meu filho não aprendeu em casa a orar em nome de Jesus. Um dia ele me disse que o telefone para falar com Jesus era dobrar o joelho no chão”, relata Eliane que acredita que a prática serve apenas para “arrebanhar fiéis”.

Em resposta à denúncia, um grupo maior de pais organizou um abaixo-assinado a favor da escola e da oração no início das aulas. Alguns alegam que a diretora está sendo perseguida por ser católica e atuante em grupos religiosos. “A forma como eles [professores e direção] estão atuando não é nada abusiva ou direcionada a uma crença específica. Eles colocam a palavra de Deus, como entidade superior, e agradecem à família. São só coisas boas, frutos bons. Quem está incomodado é uma minoria”, defende Thiago Meirelles, que é católico e pai de um aluno.

Para Carolina Castro, mãe de outro estudante, a intenção da escola é positiva e busca a socialização. “Não acho que eles estejam tratando de religião em si, mas passando uma noção de agradecimento do que é precioso na vida. Não acho que isso seja ensino religioso”, diz.

Depois tantas reclamações, na última semana a reza foi substituída por cantigas de roda e outras atividades. “Aí, sim, parecia uma escola, antes parecia uma igreja. Como pai que tem a obrigação de dar uma orientação religiosa à filha, não posso permitir que haja divergência. O mais triste é que, apesar de essas pessoas dizerem que estão pregando o amor e o respeito, elas não têm respeito nenhum pela minha liberdade de que não haja essa interferência [religiosa]”, diz Mafá Nogueira, pai de uma aluna.

Para resolver o problema, a escola vai convocar reuniões com pais, professores, funcionários e representantes da Secretaria de Educação. Já a Secretaria de Educação do Distrito Federal informou que desconhece problemas semelhantes em outras escolas da rede e reiterou que orienta as unidades a seguir a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que veda qualquer prática proselitista no ambiente escolar.

sábado, 20 de agosto de 2011

Fiéis processam Igreja por não haver fim do mundo

Dois ex-fiéis da igreja Ministério Agape na Austrália estão processando a igreja para recuperar um milhão e quatrocentos mil dólares que haviam doado. Motivo? A igreja havia previsto o fim do mundo que, adivinhe, não aconteceu. Agora eles querem a grana de volta.

Tá certo, dá vontade mesmo de falar para os crentes que eles são muito burros por terem acreditado e tudo mais, mas acho que o verdadeiro problema é a igreja. Ela se aproveita de fraquezas humanas para lucrar.

No final da matéria é dito que só não houve mais gente processando a igreja devido a ameaças de morte.

A pergunta que fica no ar é: Se o mundo estava prestes a acabar o que o pastor dessa igreja iria fazer com o dinheiro?

Será que ele iria levar com ele pra comprar um terreninho lá no céu?

1 Coríntios 7

1. Ora, quanto às coisas que me escrevestes, bom seria que o homem não tocasse em mulher;
(Fonte: Biblia on line, site mantido pela igreja católica)

Essa vai para a série Paulo (não eu, o outro) e as mulheres